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A Polícia Federal apreendeu o passaporte e Bolsonaro não pode mais sair do Brasil

  O documento estava no escritório dele na sede do PL, em Brasília, onde os agentes cumpriam um mandado de busca e apreensão. Documento estava no gabinete do ex-presidente na sede do PL, em Brasília.

Bolsonaro impedido de sair do Brasil,  Bolsonaro preso dentro do Brasil
Ex presidente Jair Bolsonaro (PL)/foto reprodução Rede RD LTDA

O passaporte de Bolsonaro foi apreendido no âmbito da operação deflagrada pela Polícia Federal.







A informação foi confirmada por Paulo Bueno, advogado do ex-presidente. A certidão de entrega do passaporte já foi emitida.

A PF investiga uma tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder por meio de uma minuta golpista que previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).


As informações constam da decisão de Alexandre de Moraes que embasa a operação deflagrada contra militares e ex-ministros do governo Bolsonaro.

Todos os alvos da operação, incluindo o ex-presidente foram proibidos de falar com os demais investigados.




Bolsonaro já havia sido condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação ao questionar o sistema eleitoral, o que o tornou inelegível até 2030. O ex-presidente também é alvo de outras investigações no STF.

Mensagens que a PF capturou do celular do major Mauro Cid revelam o envolvimento direto do então Comandante do Exército Freire Gomes e do ministro da Defesa de Jair Bolsonaro, Paulo Sergio Nogueira, na trama para um golpe de estado que impediria a posse de Lula.




Conforme a decisão de Alexandre de Moraes que embasou a operação de hoje da PF, "mensagens encaminhadas por  Mauro Cid para o general Freire Gomes sinalizam que o então presidente Jair Bolsonaro estava redigindo e ajustando o decreto e já buscando o respaldo do General Estevam Theophilo (há registros de que este último esteve no Palácio do Planalto em 9/12/2022, fls. 169), tudo a demonstrar que atos executórios para um golpe de Estado estavam em andamento".


Numa mensagem de áudio, via WhatsApp, do dia 9 de dezembro de 2022, enviada a Freire Gomes às 5h35 Cid cita inclusive uma reunião com "os comandantes" e com o "ministro da Defesa", ou seja, Paulo Sérgio:

— O presidente tem recebido várias pressões para tomar medidas mais, mais pesada, onde ele vai, obviamente, utilizando as forças, né?, mas ele sabe, ele ainda continua com aquela ideia que ele saiu da última reunião, mas a pressão que ele recebe é de todo mundo. (...) E hoje o que que ele fez de manhã? Ele enxugou o decreto, né? Aqueles considerandos que o senhor viu e enxugou o decreto, fez um decreto muito mais resumido,né? (...) por que se não for, se a força não tocar pra frente. (...) Mas ele ainda tá naquela linha do que foi conversado com os comandantes, né? e com o ministro da Defesa. Ele entende as consequências do que pode acontecer. Hoje ele mexeu naquele decreto, né. ele reduziu bastante. Fez algo muito mais direto, objetivo e curto, e limitado, né.



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