Bolsonaro oferta o Brasil para Servir de base militar dos Estados Unidos, Mike Pompeo disse Nós ficamos satisfeitos com a base Militar



1.jan.2019 - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e Susan Pompeo durante a posse do novo presidente do Brasil, em Brasília




O secretário de Estado Mike Pompeo disse que os Estados Unidos estão "muito entusiasmados" com a guinada da América do Sul à direita, liderada pelo governo Jair Bolsonaro no Brasil, e agradeceu particularmente a oferta do novo presidente para a instalação de uma base militar em solo brasileiro no futuro: "Nós ficamos satisfeitos."...



Instalação de base dos EUA no Brasil gera críticas entre militares
Mas o Chanceler Ernesto Araújo confirmou intenções do presidente Jair Bolsonaro em negociar construção da base.

O chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, afirmou ,  foi durante o encontro do Grupo de Lima – bloco de países latino-americanos que monitoram a crise na Venezuela -, que o presidente Jair Bolsonaro “não exclui a possibilidade” da instalação de uma base militar americana no Brasil. 



Segundo Araújo, caso isso aconteça, faria parte de “agenda mais ampla” do país com os Estados Unidos.

 Temos todo interesse em aumentar a cooperação com Estados Unidos em todas as áreas. Isso é algo que tem que ser conversado. Não haveria problema na questão de uma presença desse tipo”, afirmou Araújo, em Lima, quando questionado sobre o assunto.





O Ministério da Defesa, no entanto, disse que :

A possibilidade de o governo do Brasil ceder espaço territorial para instalação no país de uma base militar dos Estados Unidos é desnecessária e inoportuna na opinião de três generais e três oficiais superiores ouvidos.

Na prática, a iniciativa pode ser um fator complicador nas delicadas discussões bilaterais para uso do Centro de Lançamento de Alcântara, da Força Aérea, no Maranhão.

A posição do complexo e as condições climáticas favoráveis na maior parte do ano contribuem para redução significativa dos custos da operação comercial do transporte espacial para posicionamento de satélites. 



Os Estados Unidos têm cooperação militar com o Brasil e outros países sul-americanos, como Peru e Colômbia, onde já mantêm bases militares.


As Forças Armadas mantêm acordos com organizações militares estrangeiras para receber grupos de treinamento especializado – por exemplo, em disciplinas de guerra na selva – ou para exercícios combinados de combate aéreo. E é só.



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A Opinião de Bolsonaro




Bolsonaro diz que “(A base) seria parte de uma agenda muito mais ampla que queremos ter com EUA, que creio que os EUA querem ter conosco. Então, quando tivermos essa visita, esperamos que a tenhamos como o presidente quer, até março, haverá uma agenda que cobrirá além de cooperação e defesa, segurança, temas de comercio e economia.”

Defensor da aproximação diplomática e comercial com os EUA e admirador de Trump, Bolsonaro disse considerar o povo americano “amigo” e vinculou um possível acordo futuro com o país a questões de segurança nacional.

Bolsonaro afirmou que existe interesse dos Estados Unidos em instalar uma nova base militar na América do Sul, dois dias depois de receber o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, em audiência reservada no Palácio do Planalto. 





“Nós temos que nos preocupar com nossa segurança, com a nossa soberania, e eu tenho o povo americano como amigo”, disse Bolsonaro, depois de participar da cerimônia de transmissão do Comando da Aeronáutica, na Base Aérea de Brasília.

Ministério da Defesa do Brasil

A assessoria do ministro da Defesa, General Fernando Azevedo e Silva, informou que ele “não tem conhecimento de qualquer tratativa nesse sentido e que não tratou do tema com o presidente”.

O Ministério disse que não seria possível avaliar vantagens e desvantagens para as Forças Armadas brasileiras “sem ter conhecimento de possíveis condicionantes envolvendo o tema”.




VEJA OS FATOS NA HISTÓRIA:

Durante os anos finais da 2.ª Guerra Mundial, a aviação dos Aliados, liderada pelos Estados Unidos em larga proporção, negociou a construção em Parnamirim, no Rio Grande do Norte, de uma gigantesca base aérea. Duas pistas, 700 prédios, 4.600 combatentes e tráfego diário de 400 a 600 aeronaves para lançar ataques contra objetivos no norte da África e sul da Europa.

Em 1945, nos termos do acordo firmado entre os presidentes Getúlio Vargas e Franklin Roosevelt, aviões e pessoal americanos saíram das instalações. 

Nos quatro anos de operação conjunta da base, a população da capital, Natal, dobrara de 40.000 habitantes para 80.000.




Documentos do Departamento de Estado registram uma tentativa de prorrogação do pacto de colaboração, em 1946, por um período de 50 anos. A chancelaria do Brasil informou a Washington que a então recém-criada FAB tinha planos próprios para o conjunto. Ao longo do tempo, nenhum outro tratado do mesmo tipo foi negociado.





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