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Bolsonaro diz Que a Provável saída do PSL é de 80% e a probabilidade de criar um novo Partido é 90%




Em meio ao racha no PSL, o presidente Jair Bolsonaro disse na noite deste domingo passado  que a probabilidade de ele sair do partido é de 80%.
Presidente Jair Bolsonaro


Bolsonaro afirmou ainda, em entrevista à Record TV, que pretende criar uma nova sigla para poder escolher quem concorrerá à eleição municipal de 2020.


— Oitenta por cento para sair e 90% para criar um novo partido, que vai começar do zero, sem televisão, sem fundo partidário, sem nada. 
O meu sonho, acho muito difícil assumir o comando do partido (PSL), é criar um partido, agora que a gente pode colher assinaturas de forma eletrônica junto ao eleitorado.

 Até março teria um partido e eu teria dos quase 6 mil municípios, umas 200 candidaturas pelo Brasil. Estaria feliz com isso porque eu poderia escolher, de fato, quem concorreria àquela eleição — afirmou Bolsonaro.






O PSL está rachado em dois. A guerra entre as "casas" lideradas pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo cacique da legenda, Luciano Bivar, se transformou em uma das maiores crises políticas do governo até aqui. 

A disputa pelo comando do partido e dos fundos partidário e eleitoral virou confronto aberto.

Na entrevista, Bolsonaro diz que a briga dentro do partido não teria relação com a disputa pelos fundos partidário e eleitoral. De acordo com o presidente, a briga é por transparência.
— Eu pago a conta sobre qualquer possível desvio de terceiro no partido. E a mesma coisa acontece no tocante a fundo partidário. O que eu pretendo fazer: ou passo a ter o comando das ações do partido para acabar com isso daí. Se tiver uma caixa preta, abrir. E começar a fazer com que o fundo partidário vá para onde tem que ir. Se bem que eu nunca usei fundo partidário.
 E o que pode acontecer, de uma hora pra outra? Eu posso sair do partido.





Desde que o clima no PSL azedou, o presidente estuda alternativas para sair do partido.
 A aposta principal era a fusão do Patriota com outro partido de menor expressão. O núcleo duro do presidente considera que, dessa forma, seria possível que deputados do PSL migrem para a nova legenda sem o risco de perder o mandato.

 O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) têm conversado com dirigentes de outros partidos e avaliam que a fusão é a solução mais rápida, uma vez que dispensa o recolhimento de assinaturas para a oficialização.

Entre as opções na mesa do presidente também está a criação de um novo partido, como ele reafirmou à Record neste passado domingo. 



A UDN, que está prestes a ser criada, e o Conservadores, cujo estatuto está sendo produzido por integrantes do PSL, são algumas das opções, mas que levariam um tempo maior até ser viabilizado porque ainda precisa recolher assinaturas de apoio.


*Disputa por diretórios do PSL:


Embora barulhenta, a crise partidária que se instalou na cúpula nacional do PSL é apenas a parte mais visível de uma disputa por poder na sigla. O racha interno entre apoiadores de Bolsonaro e de Bivar é mais profundo e já se manifesta em diversos estados . 

Além dos casos notórios envolvendo os filhos do presidente nos diretórios do PSL em São Paulo e no Rio de Janeiro, há embates declarados hoje em Minas Gerais, Ceará, Goiás, Bahia e Rio Grande do Sul.

Atualmente, dos 26 diretórios estaduais do partido, apenas três são ligados ao chamado bolsonarismo: São Paulo, sob o comando de Eduardo Bolsonaro; Rio, com Flávio Bolsonaro; e Minas Gerais, controlado por Gustavo Graça. Com exceção do Distrito Federal — desativado há um mês, com a saída de Bia Kicis —, os presidentes dos demais diretórios foram nomeados diretamente por Bivar.

No próximo dia 31 de dezembro, 19 desses diretórios perderão a validade e precisarão ser redefinidos.


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