Teori Zavascki Despacha Eduardo Cunha Para ser Julgado no Supremo

ministro Teori Zavascki

Eduardo Cunha é acusado pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro. A data do julgamento ainda não foi marcada. Porém, caso a denúncia seja aceita, ele passa à condição de réu. Mas se Eduardo Cunha for cassado, aí não será mais julgado pelo STF e irá parar na justiça federal do Paraná, com o juíz Sergio Moro! O ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), despachou para julgamento a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no inquérito que investiga contas na Suíça mantidas pelo presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). As informações são do jornal O Globo. O inquérito também investigava Claudia Cruz e Danielle Cunha, respectivamente mulher e filha do deputado. No entanto, o caso delas foi enviado para a Justiça Federal do Paraná. Na quinta-feira (9), o juiz Sérgio Moro acatou a denúncia contra Cláudia e ela se tornou ré. Cunha ainda é investigado no STF por ser deputado. MP da Suíça garante que contas são do peemedebista O Ministério Público da Suíça teria afirmado ao jornal O Globo que as contas pertencem ao peemedebista com certeza. Agora, elas encontram-se bloqueadas à espera de uma condenação definitiva das autoridades brasileiras para devolver o dinheiro sequestrado ao país, afirmou o órgão.

O presidente afastado da Câmara, vale lembrar, já é réu em outro processo da Lava-Jato, que investiga o recebimento de propina relativa a contratos de sondas da Petrobras. O STF deu prazo de cinco dias para Cunha defender-se. O prazo começa a contar a partir da notificação do peemedebista, o que deve acontecer logo. A decisão também é do relator da Lava-Jato no STF, ministro Teori. Ele explicou que Cunha será interrogado apenas no fim das investigações, de acordo com o Código de Processo Penal.O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) perdeu apoio do Palácio do Planalto, do PMDB e do Centrão (maior bloco parlamentar informal do Congresso) na luta para manter o mandato. Antes poderoso, o presidente afastado da Câmara está acuado por antigos aliados, que o pressionam para que renuncie ao cargo na direção da Casa, e pela Operação Lava Jato. Cunha vê a preservação do mandato como única forma de não ser preso – ele teme que seus processos sejam remetidos a primeira instância e fiquem sob cuidados do juiz Sérgio Moro.