Renan é suspeito de ter cometido “infrações penais tributárias”, de acordo com os autos, que estão sob segredo de justiça.
De um lado para outro o tempo foi passando de ministro para outro e tantas burocracias, e a troca de quem seria o responsável, pela questão!
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Renan Calheiros e Dias Toffoli |
A nova investigação estava sendo conduzida internamente no Ministério Público Federal e tem 1.922 folhas, divididas em nove volumes.
Mas enfim o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), neste mês de novembro de 2016 determinou a abertura de um novo inquérito para investigar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), por lavagem de dinheiro e peculato.
O pedido para a corte realizar a investigação foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em fevereiro, mas desde então o caso estava parado por burocracias internas.
Com a nova apuração, são 12 inquéritos abertos contra Renan no STF, sendo oito na Operação Lava-Jato, um na Zelotes, um sobre desvios em Belo Monte e dois sobre a movimentação financeira do parlamentar no caso Monica Veloso.
E não há panelaços, e nem buzinaço, muito menos pessoas nas ruas, quando a grande emissora de televisão não agita e então vamos vendo a verdade de como segue o nosso Brasil.
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Presidente do Senado Renan Calheiros |
Desde de fevereiro pedido de Janot é para investigar movimentação financeira suspeita de Renan no valor de R$ 5,7 milhões. A quantia seria incompatível com os rendimentos do parlamentar. As suspeitas surgiram a partir da investigação de um outro inquérito contra Renan, o que apura se uma empreiteira pagava pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem ele teve uma filha.
Então começou o rodizio, de quem iria pegar a batata para assar!
O pedido chegou ao tribunal no âmbito da Lava-Jato.
Em seguida, o ministro Teori Zavascki declarou que os fatos não estavam relacionados com os desvios da Petrobras. O caso foi remetido então ao ministro Edson Fachin, que é relator do inquérito mais antigo. Em seguida, Fachin alegou que, embora as provas tenham surgido no inquérito da pensão, a nova investigação não teria nenhuma ligação com a anterior. Foi quando o ministro decidiu enviar os autos para a presidência do STF, para um novo relator ser sorteado para a causa.
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Ministro do Supremo Federal Dias Toffoli |
Dias Toffoli foi o comtemplado e recebeu os autos em seu gabinete. Depois de ler os documentos, Toffoli chegou à conclusão de que o caso era mesmo correlato ao inquérito que trata da pensão. O processo migrou novamente para a presidência do tribunal. O então presidente do STF na época, Ricardo Lewandowski, devolveu os autos a Fachin – que, por sua vez, insistiu que o inquérito não deveria ficar com ele. O caso terminou no gabinete de Toffoli, que demorou para determinar o início das investigações.
O caso Mônica Veloso veio à tona em 2007 e resultou na renúncia de Renan da presidência do Senado. Em seguida, o caso chegou ao STF. Nesse inquérito, Renan é acusado de falsidade ideológica, uso de documento falso e peculato. O caso já está pronto para ser julgado e foi liberado para a pauta do plenário, mas a presidente do tribunal, ministra Cármen Lúcia, ainda não marcou uma data para o julgamento.
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Presidente do Senado Renan Calheiros |
Em denúncia apresentada ao STF nesse inquérito, a Procuradoria-Geral da República concluiu que o parlamentar não tinha dinheiro suficiente para pagar pensão alimentícia a Mônica Veloso. Segundo a denúncia, Renan apresentou documentos falsos para comprovar que tinha condições de arcar com a despesa. Mas as quebras de sigilo bancário mostraram o contrário. A pensão era de R$ 16,5 mil. Mas os peritos da PF destacaram que, em 2002, o denunciado e seus dependentes tiveram renda anual de R$ 27,9 mil, ou R$ 2,3 mil mensais. Em 2004, a renda anual teria sido de R$ 102,2 mil, ou R$ 8,5 mil mensais.
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