Presos Suspeitos de Hackear o ex Juiz Sergio Moro, e o Procurador Deltan Dallagnol e outras Autoridades

A Polícia Federal Prende quatro suspeitos!

Como são os  quatro suspeitos  que foram presos?


ex Juiz Sergio Moro e atual Procurador  Deltan  Dallagnol




As quatro pessoas que foram presas são: três homens e uma mulher. São eles:

Gustavo Henrique Elias Santos: era DJ e já foi preso por receptação e falsificação de documentos; foi detido pela PF em São Paulo
Suelen Priscila de Oliveira: mulher de Gustavo, não tinha passagem pela polícia; foi presa junto com o marido em São Paulo
Walter Delgatti Neto: conhecido como Vermelho, já foi preso por falsidade ideológica e por tráfico de drogas; foi preso em Ribeirão Preto pela PF
Danilo Cristiano Marques: foi preso em Araraquara e já teve condenação por roubo

As prisões são temporárias e têm prazo de cinco dias.



Como os hackers atuavam segundo a investigação da PF?
As investigações apontaram que os supostos hackers tiveram acesso ao código enviado pelos servidores do aplicativo Telegram ao celular de Moro para abrir a versão do aplicativo no navegador.

O Telegram permite aos usuários pedirem o código de acesso para a versão web do aplicativo via ligação telefônica, segundo as investigações. Posteriormente, é enviada uma chamada de voz com o código para a ativação do serviço no navegador. Esta mensagem fica gravada na caixa postal das vítimas.

Assim, os invasores fizeram ligações para o número alvo, "a fim de que a linha fique ocupada e a ligação contendo o código de ativação do serviço Telegram Web seja direcionada para a caixa postal da vítima”, afirmou Vallisney em sua decisão. As autoridades que tiveram mensagens expostas disseram que receberam ligações do próprio número.



Os suspeitos têm alguma filiação partidária?
O único dos quatro que é filiado a algum partido é Walter Delgatti Neto. Ele se filiou ao DEM em 2007, segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). , o presidente do partido em Araraquara, Leandro Azem Cortez, confirmou a filiação de Delgatti Neto, mas disse que ele nunca participou de reunião e que ninguém no partido o conhece. Após a prisão, a direção do partido abriu processo no conselho de ética para expulsá-lo.

Houve quebra de sigilo bancário dos suspeitos?
Sim. As investigações apontaram movimentações "suspeitas" nas contas de dois dos quatro investigados na operação: Gustavo Henrique Elias Santos e Suelen Priscila de Oliveira.

Elias movimentou R$ 424 mil entre 18 de abril e 29 de junho de 2018, sendo que consta em seu cadastro bancário que a sua renda mensal é de R$ 2.866. Já Oliveira movimentou aproximadamente R$ 203,6 mil entre 7 de março e 29 de maio de 2019, sendo a sua renda mensal de R$ 2.192.



Diante da incompatibilidade entre as movimentações e a
Operação da PF prendeu quatro suspeitos nesta terça-feira. Segundo os investigadores, dois investigados movimentaram juntos mais de R$ 627 mil entre março e junho.

Um dos presos pela Operação Spoofing da Polícia Federal (PF), Gustavo Henrique Elias Santos, disse que viu mensagens interceptadas do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, no celular de Walter Delgatti Neto, também preso na operação.

As informações são do advogado Ariovaldo Moreira, que representa dois investigados – Gustavo Henrique Elias Santos e Suellen Priscila de Oliveira.

"Segundo relatos do Gustavo, o 'Vermelho' [apelido de Walter] mostrou para ele algumas interceptações de uma autoridade. Isso informação do Gustavo. Vai ser inclusive esse depoimento que ele dará hoje", disse o advogado.



A operação, autorizada pelo juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, investiga invasão do celular do ministro Sérgio Moro, de um desembargador, um juiz federal e dois delegados da Polícia Federal. A operação foi deflagrada nesta terça-feira (23) nas cidades de São Paulo, Araraquara e Ribeirão Preto.

Gustavo Henrique Elias Santos disse ao advogado que Walter Delgatti Neto mostrou as mensagens apenas para se "vangloriar", sem explicar intenção com as mensagens.

"Não. Ele me disse que o Walter apresentou para ele para se vangloriar, mostrar que tinha um certo acesso. Não comentou como foi obtido", afirmou.

Questionado se a autoridade era o ministro Sérgio Moro, o advogado Ariovaldo Moreira confirmou.



"Sim. Ele negou para mim, disse que não envolvimento nenhum com essa interceptação. O que ele me disse é que chegou a ver isso no computador dele, inclusive ele 'printou' algumas mensagens no computador dele, e ele me disse que inclusive no aplicativo dele ele devolveu a mensagem para o Walter dizendo: 'Cuidado com isso que você vai ter problema'", afirmou Ariovaldo.

De acordo com o advogado, Gustavo não se lembra se viu as mensagens antes ou depois da divulgação de supostas mensagens do ministro. "Eu cheguei a perguntar isso pra ele. Ele não se lembra se isso foi antes ou depois do início da divulgação dessas interceptações", afirmou.

Em junho, o site The Intercept divulgou trechos de mensagens atribuídas a procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba e ao então juiz Sérgio Moro extraídas do aplicativo Telegram.

Ainda de acordo com o advogado, a PF esteve no apartamento de Gustavo e apreendeu celulares, notebook e R$ 100 mil em dinheiro.



"O Gustavo é DJ e, segundo ele, estava operando compra e venda de bitcoin. Ele inclusive me autorizou a dizer isso por que tenho como comprovar a origem do dinheiro que tem na minha casa", afirmou.


O que dizem os suspeitos?

O advogado Ariovaldo Moreira, que representa dois investigados – Gustavo Henrique Elias Santos e Suellen Priscila de Oliveira –, disse que Gustavo relatou ter visto as interceptações no celular do amigo Walter, apelidado de "Vermelho".
"Ele me disse que o Walter apresentou para ele para se vangloriar, mostrar que tinha um certo acesso. Não comentou como foi obtido."
"Ele negou para mim, disse que não teve envolvimento nenhum com essa interceptação. O que ele me disse é que chegou a ver isso no computador dele (Walter), inclusive ele 'printou' algumas mensagens no computador dele, e ele me disse que inclusive no aplicativo dele ele devolveu a mensagem para o Walter dizendo: 'Cuidado com isso que você vai ter problema'", disse o advogado.
As defesas de Walter Delgatti Neto e Danilo Cristiano Marques não foram localizadas para comentar as prisões.


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