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Bolsonaro diz que não entregará celular à Justiça: ‘Só se fosse um rato’ Entregar o meu Celular é uma irresponsábilidade ! Jamais pegarão meu telefone!


Bolsonaro diz que não entregará celular à Justiça: ‘Só se fosse um rato’

O presidente Jair Bolsonaro concedeu entrevista exclusiva ao programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, na noite desta sexta-feira (22), horas depois de o ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), liberar a divulgação do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril.

Bolsonaro diz que não entregará celular à Justiça: ‘Só se fosse um rato’
Presidente Jaír Bolsonaro (sem partido) Foto reprodução rede rd





– apontado pelo ex-ministro Sergio Moro como “prova” de suposta tentativa de interferência do Executivo na Polícia Federal (PF).
Na entrevista, o presidente comentou as três notícias-crimes enviadas por Mello à Procuradoria-geral da República (PGR) que pedem desdobramentos das investigações. As medidas solicitadas incluem o depoimento de Bolsonaro e a apreensão do celular dele e do filho, o vereador Carlos Bolsonaro, para perícia.

“Só se o presidente da República for um rato para entregar o telefone. Jamais entregaria um celular numa situação dessa. Só se fosse um rato para entregar o telefone”, disse.
Bolsonaro ainda classificou o pedido do STF à PGR como “uma aberração e um ultraje”.

“Imagina um telefone, eu entrego ele, vai para o senhor Celso de Mello e ele resolve divulgar ligações com chefes de Estado, autoridades daqui ou trocas de ‘zap’? Não tem cabimento. Ele divulgou 99% da fita [da reunião ministerial]. 
É uma aberração, um ultraje, uma irresponsabilidade alguém querer ter acesso ao telefone funcional meu.”




E sobre o vídeo Bolsonaro disse : ‘Mais um tiro n’água’
Bolsonaro também comentou a divulgação do vídeo da reunião interministerial. Segundo ele, não há, no material, comprovações de que tenha tentado interferir na Polícia Federal (PF).

“Qual é o ponto do vídeo que interfiro na PF? Repito: Qual ponto? Não existe. Mais um tiro n’água e mais uma farsa desmontada”, disse.

Ao comentar pontos da reunião, Bolsonaro destacou que “falou com o coração”. “Era algo reservado isso aí, que compete a nós. E as fitas já estão aí. Cada um que interprete como quem queira interpretar. Eu falo com o coração. Não foi um discurso para ser revelado mais tarde”, explicou.

“Tem palavrão? Tem. Se não quer ouvir palavrão vote num ‘embromadinho’ no futuro que não fala palavrão, mas mete a mão no bolso de todo mundo”, completou.

Celso de Mello envia à PGR pedido para apreender celular de Bolsonaro
Ministro do STF cita que a competência legal é do MPF; ele ressalta que é importante investigar denúncias sejam elas feitas por quem quer que seja.





Ministro Celso de Mello deixou nas mãos da PGR a decisão: 

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF) , encaminhou ao procurador-geral da República Augusto Aras pedido apresentado por parlamentares de oposição, relatando supostos crimes cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro e também pelo ex-ministro Sergio Moro no caso das acusações de interferência política na Polícia Federal. 
Em um dos pedidos, deputados do PSB, PDT e PV pedem a apreensão dos telefones do presidente Jair Bolsonaro, de seu filho Carlos Bolsonaro e da deputada Carla Zambelli. Outra representação foi feita pelo PT que solicita a apreensão do celular de Moro.



Como é de praxe, quando "notícia-crime" é apresentada por qualquer cidadão, o caso é remetido para análise do Ministério Público Federal, a quem compete decidir se os fatos narrados devem ou não ser investigados.
 Em seu despacho, o ministro Celso de Mello cita essa competência legal do MPF, mas ressalta da importância de se investigar denúncias sejam elas feitas por quem quer que seja.

"O aspecto que venho de ressaltar evidência, portanto, o dever jurídico do Estado de promover a apuração da autoria e da materialidade dos fatos delituosos narrados por “qualquer pessoa do povo”. A indisponibilidade da pretensão investigatória do Estado impede, pois, que os órgãos públicos competentes ignorem aquilo que se aponta na “notitia criminis”, motivo pelo qual se torna imprescindível a apuração dos fatos delatados, quaisquer que possam ser as pessoas alegadamente envolvidas, ainda que se trate de alguém investido de autoridade na hierarquia da República , independentemente do Poder (Legislativo, Executivo ou Judiciário) a que tal agente se ache vinculado", escreveu o ministro.





Caberá ao procurador-geral Augusto Aras analisar os pedidos dos deputados e decidir se solicita abertura de nova investigação no STF ou se as diligências sugeridas precisam ou não ser realizadas. Os parlamentares sustentam que o conteúdo dos celulares pode ajudar na coleta de prova contra os acusados. Aras já deixou claro que não é da competência de deputados propor diligências. Para ele, isso é atribuição do Ministério Público, titular da investigação penal.

Celso de Mello envia para a PGR pedido de perícia em celular de Bolsonaro
Além disso, ministro do STF também enviou requisição de parlamentares para que o presidente seja ouvido no âmbito do inquérito que investiga interferência política na PFl. Decisão cabe ao Procurador-geral.






O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou à Procuradoria Geral da República (PGR) pedidos de apreensão dos celulares do presidente Jair Bolsonaro e do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos/RJ). Além disso, ele encaminhou um pedido de parlamentares para a realização de oitiva do chefe do Executivo no âmbito do inquérito sobre interferência política na Polícia Federal.

Os despachos seguem curso natural de três notícias-crime que foram apresentadas por partidos políticos e pedem novas diligências para apurar se o presidente tentou interferir na Polícia Federal. Os envios foram realizados nessa quinta-feira (21/5).

Além de Bolsonaro, os autores também pedem que o celular do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, seja apreendido. Quem analisa as ações é o Procurador-geral da República, Augusto Aras, que não tem prazo para decidir.
Ao encaminhar as solicitações, Celso de Mello destacou que é papel do Estado apurar acusações criminais feitas por qualquer pessoa. “A indisponibilidade da pretensão investigatória do Estado impede, pois, que os órgãos públicos competentes ignorem aquilo que se aponta na “notitia criminis”", argumenta Mello no processo.

"Motivo pelo qual se torna imprescindível a apuração dos fatos delatados, quaisquer que possam ser as pessoas alegadamente envolvidas, ainda que se trate de alguém investido de autoridade na hierarquia da República, independentemente do Poder (Legislativo, Executivo ou Judiciário) a que tal agente se ache vinculado”, prossegue o magistrado.

Veja abaixo o vídeo, da entrevista, na qual o Presidente jair Bolsonaro diz, : Jamais pegarão meu telefone! Entregar meu celular seria uma irresponsábilidade.






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