Ministro Barroso Manda Soltar os Amigos de Temer, atendendo o Pedido da Procuradora Geral da República Raquel Dodge
O Ministro do STF Luís Roberto Barroso atendeu o pedido da procuradora-geral da República Raquel Dodge, segundo a qual medidas 'cumpriram o objetivo legal'
Procuradora Geral da República Raquel Dodge, Presidente Michel Temer, Ministro do STF Luís Roberto Barroso |
Além de Yunes e o coronel Lima, estavam detidos o ex-ministro da agricultura Wagner Rossi, pai do líder do MDB na Câmara, o deputado Baleia Rossi, e Antonio Celso Grecco, um dos donos da Rodrimar.
A citação da Rodrimar tem a cifra de 600 mil reais. Ao lado, aparecem a sigla “MT” e os números “300.000 (+ 200.000 p/campanha)”. Já o “L” surge com 150 mil. Segundo o relatório policial de dezembro, MT seria Michel Temer e L, o coronel Lima.
A Operação Skala incluiu busca e apreensão nos endereços dos investigados. Procuradores da PGR acompanharam os depoimentos de alguns detidos na operação. As prisões tinham prazo até segunda-feira 1º.
Empresário José Yunes amigo do Presidente Michel Temer sendo solto |
Em depoimento à PF, Yunes negou ter relação com o decreto dos portos e a empresa Rodrimar. Ele já havia sido ouvido três vezes pelo Ministério Público no ano passado, mas a PGR concordou que era necessário um novo depoimento. Ele voltou a afirmar que realizou apenas uma operação de venda de imóvel para Temer.
Yunes foi alvo de delação premiada do doleiro Lúcio Funaro, operador do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. Segundo o delator, o advogado sabia que havia 1 milhão de reais em uma caixa que o Funaro mandou entregar no escritório do ex-assessor de Temer, em setembro de 2014, às vésperas da eleição.
Já Lima alegou, "por motivos de saúde e falta de condições emocionais", que não prestaria depoimento. A arquiteta Maria Rita Fratezi, mulher e sócio do ex-coronel, foi ouvida. A PF quer saber detalhes sobre a reforma da casa de Maristela Temer, filha do emedebista. Um dos fornecedores das obras da obra disse que recebeu 100 mil reais em dinheiro vivo pelos serviços.
Segundo a PF, a Rodrimar teria sido beneficiada na edição do decreto do setor portuário.
Procuradora Geral da República Raquel Dodge Ministro do STF Luís Roberto Barroso |
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso atendeu a um pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e determinou neste sábado (31) que os alvos de prisões temporárias na Operação Skala sejam soltos. Entre os detidos que poderão deixar a cadeia estão o advogado José Yunes e o coronel reformado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, ambos amigos do presidente Michel Temer (MDB). Em sua manifestação a Barroso, acatada pelo ministro, Dodge alegava que as prisões “cumpriram o objetivo legal”. As detenções tinham como prazo final a próxima segunda-feira.
João Baptista Lima Filho, coronel da reserva da PM e amigo de Michel Temer |
“Desse modo, tendo as medidas de natureza cautelar alcançado sua finalidade, não subsiste fundamento legal para a manutenção das medidas, impondo-se o acolhimento da manifestação da Procuradoria-Geral da República”, escreveu o ministro no despacho assinado neste sábado. “Expeçam-se, com urgência, os respectivos alvarás para que se possa proceder à imediata soltura”, assinalou Barroso.
As prisões temporárias da Operação Skala foram autorizadas por Luís Roberto Barroso no âmbito do inquérito 4621 do STF, que investiga se Temer e aliados seus receberam propina em troca de benefícios a empresas que operam no Porto de Santos, sobretudo a Rodrimar, por meio da edição do Decreto dos Portos, em 2017.
Além de Yunes e Lima, apontados como supostos intermediários de valores a Temer e campanhas políticas, também deixarão a prisão o empresário Antônio Celso Grecco, dono da Rodrimar, o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi, seu assessor Milton Ortolan e outras cinco pessoas.
Ainda foram revogados por Barroso os mandados de prisão contra os empresários do Grupo Libra Rodrigo Borges Torrealba, Ana Carolina Borges Torrealba e Gonçalo Borges Torrealba, que não foram cumpridos porque os alvos estavam no exterior. A procuradora-geral da República havia informado ao ministro, no entanto, que eles estão “dispostos a se apresentarem à autoridade policial tão logo retornem”.
Antes de pedir a revogação dos mandados de prisão da operação, a procuradora-geral da República havia determinado neste sábado que os presos fossem ouvidos novamente, na presença de procuradores da República.
As prisões temporárias da Operação Skala foram autorizadas por Luís Roberto Barroso no âmbito do inquérito 4621 do STF, que investiga se Temer e aliados seus receberam propina em troca de benefícios a empresas que operam no Porto de Santos, sobretudo a Rodrimar, por meio da edição do Decreto dos Portos, em 2017.
Além de Yunes e Lima, apontados como supostos intermediários de valores a Temer e campanhas políticas, também deixarão a prisão o empresário Antônio Celso Grecco, dono da Rodrimar, o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi, seu assessor Milton Ortolan e outras cinco pessoas.
Ainda foram revogados por Barroso os mandados de prisão contra os empresários do Grupo Libra Rodrigo Borges Torrealba, Ana Carolina Borges Torrealba e Gonçalo Borges Torrealba, que não foram cumpridos porque os alvos estavam no exterior. A procuradora-geral da República havia informado ao ministro, no entanto, que eles estão “dispostos a se apresentarem à autoridade policial tão logo retornem”.
Antes de pedir a revogação dos mandados de prisão da operação, a procuradora-geral da República havia determinado neste sábado que os presos fossem ouvidos novamente, na presença de procuradores da República.
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