Planejamento de Novo Imposto comparado à antiga CPMF Vem Aí


BRASÍLIA — O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender um imposto sobre transações financeiras. 

Ministro Paulo Guedes voltou a falar em imposto sobre transações financeiras. Foto: Amanda Perobelli / Reuters

Esse imposto é comparado à antiga CPMF e a defesa de sua implementação levou à saída do economista Marcos Cintra do comando da Receita Federal. 


Para Guedes, o tributo é “feio”, mas serviria para baixar outras alíquotas, e não seria “cruel”, como os encargos trabalhistas.

— Eu quero só que fique claro o seguinte. Era esse imposto, pela potência fiscal dele, ele arrecada R$ 150 bilhões, que ia permitir alíquotas mais baixas de Imposto de Renda, alíquotas mais baixas de Imposto de Valor Adicionado (IVA, que seria criado a partir da fusão de outros impostos), alíquotas mais baixas de impostos trabalhistas. 


Tudo isso seria possibilitado por esse imposto — disse o ministro, em entrevista à rádio “Jovem Pan”.

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A entrevista foi concedida na última sexta-feira, e foi ao ar nesta segunda passada

O imposto sobre transações era um dos pilares da reforma tributária planejada pela equipe econômica, que previa também a desoneração da folha de salário das empresas. 

Após a saída de Cintra, o presidente Jair Bolsonaro foi às redes sociais descartar a ideia do novo imposto.

Segundo Guedes, a saída de Cintra pode possibilitar que se converse “com calma” sobre a ideia. 

O ministro continuou dizendo dizendo que o país precisa escolher entre alíquotas altas em outros impostos ou o tributo sobre pagamentos.


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