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Líder do MBL, Kim Kataguiri protocola pedido de impeachment de Bolsonaro


O deputado federal e um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL) Kim Kataguiri (DEM/SP) protocolou, nesta segunda-feira (27/4), um pedido de impeachment contra o presidente da república Jair Bolsonaro. De acordo com o parlamentar, Bolsonaro cometeu crimes de responsabilidade e estelionato eleitoral.
Deputado Federal Kim Kataguiri (DEM/SP)










Em seu Twitter, Kim justificou a apresentação do pedido de impeachment baseado no pedido de demissão do ex-ministro Sergio Moro, na última sexta (24/7). Na ocasião, Moro disse que Bolsonaro estaria tentando interferir politicamente na Polícia Federal. Na visão do deputado, o presidente ‘não tem compromisso com o combate à corrupção’.



“O recente episódio com o ex-Ministro Sergio Moro mostra que Bolsonaro não tem compromisso com o combate à corrupção mas sim para blindar sua família e seus aliados. Quer usar a PF de maneira política, não para atender o interesse público, mas seus interesses pessoais”, publicou Kim.

O parlamentar também afirmou que Bolsonaro cometeu estelionato eleitoral ao prometer combater a corrupção e promover uma política econômica liberal. Kim exemplificou o Pró-Brasil, programa lançado pelo governo para recuperar a economia estagnada em função da pandemia do coronavírus, como não sendo liberal.

“Quanto à política econômica, o Pró-Brasil não é nada liberal. É baseado em gasto público e planejamento central. Não está de acordo com suas promessas na campanha para a Presidência da República.”, concluiu.

O deputado protocolou o pedido de impeachment acompanhado de Rubens Nunes, advogado do MBL.

Quarto pedido desde as declarações de Moro
Desde que Moro acusou Bolsonaro de interferir politicamente na Polícia Federal, quatro pedidos de impeachment contra o presidente foram protocolados no Congresso Nacional. 
Ainda na sexta, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL/SP), antiga aliada de Bolsonaro, protocolou o documento alegando crime de responsabilidade e falsidade ideológica. Moro negou ter assinado a exoneração de Maurício Valeixo, antigo diretor-geral da PF, enquanto Bolsonaro publicou o nome de Moro no Diário Oficial da União, retificando horas depois.

O senador Randolph Rodrigues (Rede/AP) também protocolou um pedido de impeachment. Na justificativa, o parlamentar alegou que Bolsonaro descumpriu vários dispositivos do Estado Democrático de Direito.

Ciro Gomes, que disputou a presidência com Bolsonaro em 2018, afirmou que o presidente atentou contra o livre exercício dos Poderes, violou direito ou garantia individual e interferiu em estados ou municípios com obediência. Por isso ele fez o pedido de impeachment no Congresso.

Os quatro protocolos se juntam a outros 27 que estavam abertos antes das declarações de Sergio Moro. Em vários pedidos, parlamentares alegaram que Bolsonaro tem atentado contra a saúde pública ao participar de protestos solicitando a reabertura do comércio em todo o país, expondo a população ao novo coronavírus.

Além dos pedidos de impeachment, o PSDB, por meio do deputado Carlos Sampaio, abriu um pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) para averiguar se Bolsonaro feriu alguma lei.

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