Bolsonaro diz que não vai mais permitir interferência em seu Governo , e Chegou no limite vou nomear amanhã o Diretor da PF



Da rampa do Planalto, Bolsonaro adere a protesto contra Moro, STF e Congresso e diz que chegou 'no limite'
Presidente foi à rampa do Planalto cumprimentar manifestantes, disse ter apoio das Forças Armadas. 
Presidente foi à rampa do Planalto cumprimentar manifestantes, disse ter apoio das Forças Armadas.
Apoiadores de Bolsonaro durante manifestação neste domingo em Brasília Foto: Evaristo SA / AFP





 Em Brasilia  o Presidente ao comparecer a um ato de apoio ao seu governo e de ataques ao STF, ao Congresso e ao ex-ministro Sergio Moro, o presidente Jair Bolsonaro declarou neste domingo, na rampa do Palácio do Planalto, que não vai mais "admitir interferência" em seu governo e que chegou "ao limite". O presidente disse ainda ter o apoio das Forças Armadas, sem detalhar a que se referia. Bolsonaro foi ao encontro de manifestantes que fizeram uma carreata que percorreu a Esplanada dos Ministérios.


Na fala aos manifestantes, transmitida em suas redes sociais, Bolsonaro afirmou que não vai mais "admitir interferência" em seus atos no governo. E disse que "acabou a paciência".



- Nós queremos o melhor para o nosso país. Queremos a independência verdadeira dos três poderes, e não apenas uma letra da Constituição, não queremos isso. Chega de interferência. Não vamos admitir mais interferência. Acabou a paciência. Vamos levar esse Brasil para frente.
"Chegamos no limite, não tem mais conversa. Não só exigiremos, faremos cumprir a Constituição, e ela será cumprida a qualquer preço. E ela tem dupla mão. Amanhã nomearemos o novo diretor da PF", disse Bolsonaro, que estava sem máscara, mas manteve distância dos apoiadores.


O presidente falou que a manifestação espontânea reforça que "o povo quer realmente estar ao lado da verdade. O povo está conosco. As Forças Armadas também estão do nosso lado. E Deus acima de tudo”, afirmou.


Aos manifestantes, Bolsonaro voltou a expor contrariedade, sem citar explicitamente a mais recente crise sobre o comando da PF. O presidente também afirmou ter apoio das Forças Armas, sem entrar em detalhes.

Depois da crise aberta com a demissão do ex-ministro Sergio Moro, que o acusou de interferir na Polícia Federal por causa de investigações que o incomodam, o presidente nomeou o diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem, para dirigir a PF.





 Segundo o site  O Tempo Em inquérito sigiloso conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal (PF) identificou o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, como um dos articuladores de um esquema criminoso de fake news. Dentro da Polícia Federal, não há dúvidas de que Bolsonaro quis exonerar o ex-diretor da PF Maurício Valeixo, homem de confiança do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, porque tinha ciência de que a corporação havia chegado ao seu filho, chamado por ele de 02.

Para o presidente, tirar Valeixo da direção da PF poderia abrir caminho para obter informações da investigação do Supremo ou inclusive trocar o grupo de delegados responsáveis pelo caso.


Na quarta-feira, o ministro do STF Aleaxandre de Moraes barrou a nomeação por considerar que ela fere princípios constitucionais. Bolsonaro havia dito a Moro em uma mensagem que a investigação de parlamentares aliados a ele era um motivo para a troca na direção da PF.

Mas Bolsonaro, diz que Ramagem , é apenas alguém de sua total confiança, além de ser amigo da família,  é seu direito como presidente escolher, quem melhor conduzirá a direção da polícia federal. Eu sou presidente, eu quem tenho de escolher, eles não querem deixar eu presidir.

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